Entenda a diferença entre psicanálise, TCC, abordagens humanistas e Gestalt-terapia
Se você está pensando em começar a terapia, provavelmente já se deparou com siglas, nomes e descrições e talvez tenha te deixado mais confusa, estou certa? E saber qual abordagem terapêutica mais conbina com você pode ser desafiador se não souber o que as diferencia.
Psicanálise, TCC, terapia humanista, Gestalt-terapia… O que significa cada uma, qual é a melhor para minha questão? Tudo isso pode soar técnico demais e deixar o processo da escolha bastante árduo, especialmente quando tudo o que você quer é alguém que te escute com presença e te ajude a lidar com o que está sentindo.
Por isso, quero te ajudar a entender, de forma simples, o que diferencia essas principais abordagens psicológicas – e como a Gestalt-terapia, que é a base do meu trabalho, se insere nesse cenário.
Quais os principais tipos de abordagem terapêutica?
A seguir você irá aprender alguns dos principais tipos de abordagem terapêutica que lhe trará mais clareza em escolher qual mais combina com você. São elas:
- Psicanálise
- TCC (Terapia Cognitivo-Comportamental)
- Abordagens humanistas
- Gestalt-terapia
Psicanálise: olhar para o inconsciente e a história passada
A psicanálise é uma das abordagens mais antigas e conhecidas. Criada por Freud, ela busca compreender como os conteúdos inconscientes (que você nem sempre percebe) influenciam seus comportamentos, emoções e repetições.
O foco costuma estar na sua história de vida, especialmente na infância, e nas relações familiares. As sessões geralmente são mais silenciosas, com menos intervenções do terapeuta, e o processo pode levar bastante tempo, embora essas características não sejam uma regra e dependam das necessidades de cada cliente bem como das características de cada profissional.
Faz sentido para quem: tem interesse em se aprofundar na própria história, gosta de explorar significados ocultos, tem capacidade de elaborar pensamentos abstratos e está aberto a um processo mais longo e reflexivo.
TCC (Terapia Cognitivo-Comportamental): foco em eliminar sintomas e mudanças práticas
A TCC tem ganhado popularidade por seu foco direto na resolução de sintomas. É uma abordagem estruturada, com metas claras e costuma usar do recurso de propor tarefas entre as sessões. Trabalha com a ideia de que nossos pensamentos influenciam nossos sentimentos e comportamentos – e que é possível aprender a pensar de maneira diferente para se sentir melhor. Tende a ser menos reflexiva e focar na mudança de pensamentos com o objetivo de eliminar comportamentos destrutivos.
Faz sentido para quem: busca resultados mais objetivos, se sente confortável com um processo mais pragmático e direcionado e em casos de urgência, onde o comportamento destrutivo oferece risco ao paciente e/ou a pessoas ao redor.
Abordagens humanistas: centralidade da pessoa e suas escolhas
As terapias humanistas, como a Abordagem Centrada na Pessoa e a própria Gestalt-terapia, colocam você no centro do processo. A ideia é te ajudar a se conhecer melhor, entrar em contato com seus sentimentos, fazer escolhas mais conscientes e se responsabilizar por sua vida. Não há um plano fixo de “cura”; o processo acontece no encontro entre terapeuta e cliente, com muito acolhimento, escuta e presença.
Essas abordagens entendem o ser humano como um organismo que busca a sobrevivência e, por isso, compreende os sintomas como ajustamentos que funcionaram anteriormente momento, mas passaram a ser prejudiciais em determinado ponto. Por isso, a compreensão de como surgem os pensamentos, sentimentos, emoções e sintomas é fundamental.
Faz sentido para quem: está em busca de autoconhecimento, quer melhorar seus relacionamentos, lidar com conflitos internos ou se sentir mais inteiro e verdadeiro consigo mesmo; mais do que eliminar os sintomas, quer entender o mecanismo pelo qual eles surgem e o que querem dizer, para então ajustar o comportamento a fim de eliminar os efeitos negativos de certos hábitos emocionais, mentais, relacionais e atitudinais.

Gestalt-terapia: presença, criatividade e transformação no aqui e agora
A Gestalt-terapia é a base do meu trabalho – e não à toa. Ela parte da ideia de que você já tem em si os recursos para lidar com o que está vivendo, e que o papel da terapia é te ajudar a olhar para isso com mais clareza, consciência e coragem. Ao invés de buscar soluções prontas, olhamos juntos para como você sente, reage e se posiciona nas situações da sua vida. Observamos isso tudo a partir de sua perspectiva, a qual eu vou aprendendo conforme te escuto falar sobre suas vivências.
A Gestalt valoriza muito o agora: como você está se sentindo neste momento, o que seu corpo expressa, como se relaciona com o outro e com você mesma. E o aqui: como é viver tudo isso nesse espaço (na sessão, comigo, no seu contexto de vida). Também usamos recursos criativos – metáforas, desenhos, movimentos, experimentações – que ajudam a dar forma a emoções que nem sempre são fáceis de colocar em palavras, de acordo com os interesses de cada cliente.
Faz sentido para quem: quer se reconectar consigo, entender o que sente com mais profundidade, sair do automático e encontrar novas formas de lidar com suas emoções e relações, para além de análises pré-estabelecidas teoricamente e de receitas e programas de como mudar seu comportamento. Também é uma abordagem potente para quem deseja desenvolver a criatividade emocional e a autonomia.
Se quiser mais detalhes sobre essa abordagem, fiz um post exclusivo para ela. Acesse este link para saber mais sobre a Gestalt-terapia.
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