Entenda o que cada especialista faz e o que os diferencia
Se você está buscando ajuda para lidar com questões emocionais, ansiedade, estresse ou conflitos nos relacionamentos, é bem possível que já tenha ouvido falar nessas três alternativas de profissionais e se perguntado: “Afinal, devo procurar uma psicóloga, uma psicanalista ou uma psiquiatra?” Essa dúvida é muito comum e compreensível.
Embora todos esses profissionais atuem no campo da saúde mental, cada um tem formações, abordagens e funções bastante diferentes.
Neste texto, eu quero te explicar de forma simples e direta qual é a diferença entre psicóloga, psicanalista e psiquiatra e te ajudar a entender qual desses caminhos pode fazer mais sentido para você agora.
O que faz uma psicóloga clínica?
A psicóloga clínica é uma pessoa que fez faculdade de psicologia e que tem como campo de atuação o atendimento na clínica, que significa que recebe pessoas em seu espaço de trabalho presencial ou online para falarem de suas questões emocionais e psicológicas, receberem educação e orientação a respeito de emoções, sentimentos e comportamentos, para fazerem avaliações psicológicas como testes para avaliar existência de transtornos, testes relacionados a competências ligadas à ocupação e profissão, dentre outras atividades.
A pessoa que cursa psicologia pode atuar em outras áreas, além da clínica. Escolas, empresas, hospitais, área jurídica e outras instituições são outros dos campos de atuação de psicólogas.
Dentro da psicologia, existem três principais formas de estudar e abordar as experiências humanas, que chamamos de abordagens: a psicanálise, a comportamental e a humanista fenomenológica-existencial.
Cada uma dessas abordagens se subdivide em outras, que organizam o embasamento teórico-filosófico que embasa cada uma das visões e condutas com as quais o profissional irá orientar seu trabalho. Isso se aplica a todos os psicólogos, não apenas aos clínicos. Mas o campo de atuação clínica é um dos que mais é organizado de acordo com as diferentes abordagens e onde essas diferenças são bastante visíveis e importantes na conduta profissional.
Minha experiência como Psicóloga
Sou psicóloga clínica e é nesse lugar que te escrevo. Isso significa que eu me formei em Psicologia, estudei o comportamento humano, emoções, relacionamentos e saúde mental, e sigo em constante atualização profissional.
Meu trabalho é oferecer um espaço seguro e acolhedor para que você possa se escutar, se entender e encontrar caminhos mais saudáveis de viver. Na minha prática, uso como base a Gestalt-terapia, uma abordagem que valoriza a consciência no aqui-agora, o contato com as emoções e a capacidade que cada pessoa tem de se ajustar criativamente às suas circunstâncias.
O foco não é interpretar ou rotular, mas sim te ajudar a perceber seus padrões de funcionamento, suas dores e seus recursos para lidar com a vida de forma mais autêntica.
O que faz um psiquiatra?
O psiquiatra é um médico. Ele faz faculdade de Medicina, depois se especializa em Psiquiatria. Por isso, ele está habilitado a diagnosticar transtornos mentais e prescrever medicamentos e o faz a partir de um olhar biológico (do funcionamento do corpo humano, especificamente do cérebro).
Em casos de depressão profunda, transtornos de ansiedade severos, transtorno bipolar, entre outros quadros, o acompanhamento com um psiquiatra pode ser indispensável. A medicação também pode ser importante para pessoas que, mesmo sem nenhum diagnóstico de transtorno crônico, possam experimentar prejuízos de suas funções cotidianas por estarem vivenciando de modo pontual alguns sintomas de ansiedade, depressão e estresse.
Mas é importante dizer: o psiquiatra nem sempre faz psicoterapia. Alguns apenas cuidam da parte medicamentosa, enquanto outros fazem uma escuta mais aprofundada. Muitas vezes, o ideal é que a psicoterapia e a medicação caminhem juntas — e, se for o caso, eu posso te orientar nesse processo.
Por conta disso, é mais comum que o acompanhamento com psiquiatra seja mais espaçado (mensal, quinzenal). Já a psicoterapia tem acompanhamento semanal, na maioria dos casos, podendo ser ainda mais frequente em momentos de maior demanda emocional.
E o que faz uma psicanalista?
A psicanálise é uma das muitas abordagens possíveis dentro do campo da psicoterapia. Quem é psicanalista pode ter formação em Psicologia, Medicina ou até outras áreas, desde que tenha feito uma formação específica em Psicanálise — que é um campo muito rico, com fundamentos no pensamento de Freud, Lacan e outros teóricos.
O foco da psicanálise costuma estar na interpretação dos desejos inconscientes, nos conflitos internos e nas experiências da infância. O processo terapêutico geralmente é mais longo e com uma escuta bem voltada ao histórico de vida do paciente/cliente (pessoa que está sob análise).
O psicanalista, portanto, fez uma formação em apenas uma das diversas abordagens da psicologia e tem apenas um campo de trabalho: a clínica (apesar de essa abordagem, quando estudada por um psicólogo, também pode ser aplicada em outros campos de atuação). Para entender melhor sobre a diferença entre as principais abordagens, leia esse texto sobre Diferença entre as abordagens terapêuticas.

E qual profissional devo procurar?
Depende do que você está vivendo neste momento.
Se você está em sofrimento psíquico, se sente perdida emocionalmente, ansiosa, com dificuldades nos relacionamentos ou sentindo que precisa de um espaço para se reencontrar, a psicoterapia pode ser um ótimo começo. E nesse caso, procurar uma psicóloga clínica é o primeiro passo.
Se houver necessidade de avaliar o uso de medicação, uma consulta com um psiquiatra pode ser indicada. E se você se interessa por uma escuta mais voltada ao inconsciente e aos significados profundos dos seus conflitos, a psicanálise pode ser o caminho.
Resumo da diferença entre psicóloga, psicanalista e psiquiatra
Veja no quadro abaixo um resumo da diferença entre estes profissionais
| Psicóloga | Psicanalista | Psiquiatra | |
| Pode atuar em outros campos além da clínica | Sim (em escolas, hospitais, empresas, etc.) | Se não for formado em psicologia, não pode. | Sim (em hospitais). |
| Pode prescrever medicamentos | Não | Não | Sim |
| Pode fazer o diagnóstico dos transtornos de acordo com o DSM | Acompanha e auxilia no processo | Acompanha auxilia no processo | Sim |
| Pode aplicar testes para diagnóstico de TEA, TDAH e outros | Sim | Não | Não |
| Pode aplicar testes para avaliação de competências e habilidades (uso de arma, capacidade para dirigir, orientação vocacional) | Sim | Não | Não |
| Faz escuta clínica para trabalhar questões emocionais, sentimentias e comportamentais | Sim | Sim | Nem sempre |
| Visão biopsicosociocultural da pessoa atendida | Deve ter | Deve ter | Nem sempre tem |
| Pode atuar a partir de outras abordagens da psicologia | Sim | Não – atua apenas pela psicanálise | Sim, se fizer uma formação nesta área |
O mais importante é que você encontre um espaço onde se sinta segura, respeitada e acolhida. Um lugar em que possa falar de si com liberdade, ser ouvida de verdade e, pouco a pouco, se reconectar com a sua própria potência.
Se você ainda está em dúvida ou quer entender melhor se a psicoterapia comigo é para você, estou à disposição. Entre em contato comigo e agende uma sessão experimental.




